História sobre Paraguaçu Paulista

Nasce o povoado “São José do Rio Novo”

Clique aqui, acesse nosso Livro e Visitas e deixe seu recado O pioneiro José Teodoro de Souza, por volta de 1850, registrou dentro de uma vasta área de terra o povoado que, inicialmente, chamou de São José do Rio Novo e, posteriormente, São José dos Campos Novos do Paranapanema e, mais recentemente, Campos Novos Paulista.
A finalidade desse povoado era atrair pessoas e servir de apoio para os homens que estavam pelas proximidades. Com a vinda desses povoadores, correu a notícia que a posse de José Teodoro tinha solo muito fértil e isso provocou as primeiras aquisições de terras. Muitos dos adquirentes compravam, mas não vinham conhecer as propriedades, apenas guardavam-na como um bom investimento para o futuro, para seus filhos e netos.

Em 1865, com a Guerra do Paraguai, começaram a chegar os mineiros ao sertão de Paranapanema, que estavam fugindo do alistamento militar e assim eles fugiam para bem longe, pois era preferível sujeitar-se a todos os riscos do sertão a enfrentar a guerra do Paraguai. No sertão estavam livres dos recrutadores militares, que não viriam tão longe atrás de possíveis soldados.

Com esse repentino aumento de povoadores, com a chegada dos Vieiras, dos Paivas e outros, José Teodoro resolveu fundar um novo patrimônio. Até então existia apenas São José dos Campos Novos do Paranapanema como ponto de referência do sertão paulista.

Surge Conceição, a semente de Paraguassu

A doação para o novo patrimônio foi feita.

Clique aqui, acesse nosso Livro e Visitas e deixe seu recado Em Agosto de 1873 foi lavrada a escritura pública de doação no tabelião de São Domingos e registrada em Campos Novos em 05 de setembro de 1902.

Inicialmente, o novo povoado recebeu o nome de Nossa Senhora da Conceição de Boa Vista, posteriormente, Conceição do Campo Alegre e atualmente de Conceição de Monte Alegre.

Os primeiros povoadores, além dos Paivas e Vieiras, que correram para o novo patrimônio foram: João Luiz Batista, Rafael Giannasi, Antônio Jacinto da Silveira, Manoel Bento Batista, João Luiz Fernandes, Vicente Lourenço Ferreira, Francisco de Paula Nantes, Braz Falco e Antônio de Souza Freitas.

Os índios, antigos moradores da região

Os contatos entre brancos e índios foram quase sempre violentos. O índio dissimulava sua aproximação e sua presença só era percebida no momento do ataque.

Quando começou a penetração do homem civilizado na imensidão do território da Alta Sorocabana, existiam três tribos silvícolas que o habitavam: os Caiuás, de origem Guarani, recentemente chegados de além do Rio Paraná e que se distribuíam pelas duas margens do Paranapanema. Já familiarizados com o “branco”, eram pacíficos e não perturbavam, assim, teve início a colonização.

Clique aqui, acesse nosso Livro e Visitas e deixe seu recado Pelos campos que cobriam grande parte da desconhecida região, perambulavam os Chavantes, furtivos e acovardados como se para cá viessem fugidos de uma derrota em outras plagas. Não atacavam o branco invasor, limitando-se a roubá-lo, sem perigo, nos seus animais e utensílios.

Por último, ocupando quase toda a área que media o Paranapanema e o Tietê, das nascentes do Peixe e do Feio até o Rio Paraná, dominavam os Caingangues, ferozes e ameaçadores.

Inconformados com a invasão de seus domínios ainda em 1912, depois de mais de quarenta anos de luta, desferiam sangrentos ataques contra os que persistiam na marcha da civilização. Pelo comportamento agressivo, os Caingangues retardaram a ocupação do território e registraram as cenas mais dramáticas da história da Alta Sorocabana.

Para entrar em posse da nova terra, os pioneiros Vieira, Paiva e outros, tiveram de sustentar uma luta titânica com os indígenas que nela viviam e que não queriam sair. Das lutas então travadas, a mais intensa foi às margens de um ribeirão, que por essa circunstância recebeu a denominação que até hoje perdura: Água das Mortes.

Com a chegada da Estrada de Ferro, nasce Paraguassu

Clique aqui, acesse nosso Livro e Visitas e deixe seu recado Por volta de 1915, com a chegada da Estrada de Ferro Sorocabana, que foi aberta ao tráfego em 1916,” com vagões puxados pela locomotiva “Maria Fumaça”, (hoje propriedade histórica do município de Paraguaçu Paulista), começa a nascer um novo povoado, com as primeiras habitações. Rústicas, de “pau-a-pique”, barreadas, cobertas de folhas de zinco ou “taboinhas” e piso de chão batido. Com elas surgiam os primeiros estabelecimentos comerciais.

“Moita Bonita”, nome que se atribui como o primeiro dado à cidade, não corresponde, propriamente, ao núcleo urbano que viria ser mais tarde, Paraguaçu Paulista. Era apenas um ponto de referência ao longo do ribeirão Alegre, tendo como característica um pequeno bosque, uma moita em meio ao campo existente, uns 400 metros abaixo da atual estação ferroviária.

Tão logo foi iniciada a construção da estação, em 1915, o povo de Conceição de Monte Alegre, que fica a 7 quilômetros da cidade, passou a chamá-la de “Estação de Monte Alegre” , e com a abertura do tráfego pela Sorocabana, em 23 de março de 1916, a sua Diretoria deu à estação o nome de “Paraguassu”, denominação que a cidade, recém formada, adotou.

Em julho de 1930, a Sorocabana, a pretexto de pôr fim a confusões originadas pela existência de outras cidades com o mesmo nome, substituiu Paraguassu por Presidente Washington, em homenagem ao então Presidente da República. O nome, porém, não pegou, e em 1931, voltou à antiga denominação.

Em 1941, Getúlio Vargas, determinou que a partir de 1º de janeiro de 1945, não houvesse no Brasil cidades com nomes iguais. Paraguassu passou a chamar-se Araguaçu (com “ç”), nome que vigorou até 31 de dezembro de 1949.

Em 1º de janeiro de 1950, a cidade recebeu o seu nome atual: Paraguaçu Paulista.

Evolução política de Paraguaçu Paulista

A povoação crescia. E homens dinâmicos e ambiciosos cresciam com ela.

Surge, naturalmente, a elite interessada na autodeterminação da sua área de operações comerciais, e movimenta-se no sentido da criação do município de Paraguaçu.

“O primeiro passo foi a instalação do Distrito criado pela lei 1943, de 18 de dezembro de 1923.

Em junho de 1924, instala-se o cartório de Paz.” E a Câmara Municipal de Conceição de Monte Alegre, em sessão de 5 de julho do mesmo ano, elege o subprefeito de Paraguaçu, Sr. Cirillo Marques de Almeida.

A criação do município veio em seguida, pela lei nº 2032, de 30 de dezembro de 1924.

Procedeu-se a eleição dos vereadores. Foram diplomados Adolpho Magnanelli, Antenor Teixeira de Assumpção, Isidoro Baptista, Manoel Antônio de Souza, Mário Lourenço Agostinho e Capitão Rodolpho Ferreira de Souza. Suplentes: Elias Nagib, João do Carmo Rosa e José Costa, em reunião realizada no dia 12 de março de 1925.

No dia seguinte, 13 de março, em sessão especial, a Câmara elegia (eleição indireta) o primeiro prefeito de Paraguaçu: Isidoro Baptista.

Tão logo se estabeleceu a autonomia política com a instalação do Município, as lideranças da comunidade tendo à frente o “chefe” Manílio Gobbi, partiram para uma nova e audaciosa reivindicação: fazer de Paraguaçu sede de Comarca.

A rápida e intensiva ocupação das terras da Alta Sorocabana, propiciada pela complementação da ferrovia a partir de 1911, e a imensidão territorial (de Assis ao Porto Epitácio entregue à impraticável jurisdição da Comarca de Assis (1918) e mais a de Presidente Prudente (1922) resultando em sérias dificuldades ao desempenho da Justiça, favoreceram sobremodo o propósito paraguaçuense.

Contaram, ademais, os mentores do movimento, com o apoio do influente prócer político regional, Ataliba Leonel, de Piraju, além da ajuda de deputados integrantes do “Congresso Legislativo de São Paulo.)”.

Assim foi que, no final de 1927, após entendimentos conclusivos, levados a efeito na capital paulista, por Manílio Gobbi, seus patronos e o governo estadual, ficou decidida a instituição da comarca, que veio a confirmar-se no dia 13 de dezembro daquele ano, com a lei nº 2.222, estabelecendo-se a sua área jurisdicional: os municípios de Paraguassu, Conceição de Monte Alegre, Quatá e Maracaí.

A solenidade de instalação da comarca foi realizada no dia 30 de abril de 1928. Nessa data, já ao alvorecer, a pequena cidade manifestava a sua profusa alegria, com a Banda de Musica Municipal percorrendo, em alvorada e foguetório, as suas poucas ruas, demorando-se um pouco mais defronte a cada residência dos líderes a anunciar, na vibração de seus dobrados, a festiva materialização da grande conquista.

A Avenida Paraguaçu, que se estendia da estação ferroviária até pouco mais da Rua Santos Dumont, ostentava uma série de “arcos triunfais”, isto é. duas varas altas que se ligavam nas pontas por uma faixa de pano atravessando a rua e com dizeres alusivos ao importante acontecimento: “Honras ao Congresso,” “Viva o Brasil,” “Ordem e Progresso”, “Hurrhas a Paraguassu,” etc.

Com a instalação da Comarca, terminava a primeira fase de sua história e Paraguassu iniciava sua caminhada rumo ao futuro. Paraguaçu – Estância Turística.

A PETROBRÁS detectou a existência de um lençol petrolífero em Paraguaçu Paulista e, dentro do seu projeto de pesquisa e prospecção, instalou-se na cidade uma equipe especializada para os trabalhos de perfuração de um poço com a finalidade de extração de petróleo.

Após vários meses de trabalhos, constatou que o lençol não era viável economicamente, abandonando o projeto.

Por vários anos o referido “poço” permaneceu fechado até que a Prefeitura Municipal resolveu interceder junto a PETROBRÁS para liberação do mesmo e transformá-lo em fonte de captação água potável para abastecimento de uma parte da cidade.

Clique aqui, acesse nosso Livro e Visitas e deixe seu recado Ocorre que, a água permanentemente extraída daquele poço atinge uma temperatura de 45ºC, o que atraiu a atenção do Grupo Jacomossi, ligado à área de lazer, que chega em Paraguaçu Paulista na década de 80 com um projeto de transformar aquela área (de vegetação nativa) em um balneário. Sem prejuízo para o abastecimento de água da população, ao contrário, até melhorado com a construção de uma estação de recalque, o projeto tornou-se realidade e surgiu a THERMAS DE PARAGUAÇU, um local agradável, com várias piscinas de águas quentes, tobogã, restaurante, bar, área verde abundante, etc. O fluxo de visitantes nos finais de semana, férias e feriados era intenso, o que levou o grupo a construir um do Hotel Fazenda.

A inauguração das Thermas despertou em alguns empresários o interesse em explorar o ramo turístico. Assim, um outro hotel foi construído na cidade.

Paraguaçu Paulista contava com apenas um restaurante, que poderia ser classificado como “de primeira”. Daí para a frente outros surgiram para dividir com aquele tal classificação.

Podemos dizer que em 05/03/1997 inicia-se a 5ª etapa do desenvolvimento econômico do município.

Nesta data o Governador do Estado de São Paulo sancionou a Lei que transforma Paraguaçu Paulista em Estância Turística.